Orquestra Joseense é atração no Festival de Campos do Jordão

A Orquestra Sinfônica Joseense vai se apresentar no 55º Festival de Inverno de Campos do Jordão no próximo dia 19 de julho, às 11h.

O festival, criado em 1970, é reconhecido como o maior e mais tradicional evento de música clássica da América Latina.

O concerto da Orquestra Joseense, regido pelo maestro William Coelho, acontece no Parque Capivari.

A sinfônica executará obras de Heitor Villa-Lobos, Tom Jobim, Clarice Assad, Edmundo Villani-Côrtes e Cibelle J. Donza.

A programação artística acontece de 5 de julho a 3 de agosto e estará distribuída entre quatro palcos em Campos do Jordão e quatro na capital paulista, com eventos na Sala São Paulo e no Instituto Mackenzie.

O Festival de Campos do Jordão é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, da Fundação Osesp, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, via Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.


Festival de Inverno de Campos do Jordão começa no dia 5 de julho | Foto: Governo SP

Apresentações

Serão mais de 75 concertos neste ano, todos eles com entrada gratuita e programados em quatro locais da cidade da Serra da Mantiqueira: o tradicional Auditório Claudio Santoro (apresentações de sexta a domingo); o popular Parque Capivari (todo sábado e domingo, e também no dia 9 de julho); a impactante Capela São Pedro Apóstolo, localizada no Palácio Boa Vista (sábados e domingos, e também em 31 de julho); e o histórico Espaço Cultural Dr. Além, que volta a integrar a programação do Festival depois de seis anos, com agenda distribuída nos dias de semana.

A capital paulista também terá um calendário de apresentações diverso: na Sala São Paulo, elas acontecem aos sábados e domingos na Sala de Concertos; nos dias 8, 9 e 11 de julho na Sala do Coro; e distribuídas ao longo de todo o evento na nova Estação Motiva Cultural. E repetiremos nesta edição a parceria iniciada em 2024 com o Instituto Mackenzie, que receberá três recitais de professores e bolsistas, entre os dias 23 e 25 de julho, dentro da programação da 18ª International Conference on Music Perception and Cognition (ICMPC) – que pela primeira vez será organizada em um país do Sul Global.

“O Festival de Inverno de Campos do Jordão é um símbolo da vitalidade cultural do nosso Estado. Ao reunir grandes artistas, promover novas gerações por meio de bolsas de estudo e formar plateias com acesso gratuito, o evento reafirma nosso compromisso com uma cultura viva, plural e acessível. É uma celebração da excelência artística aliada à política pública que transforma”, disse Marilia Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

Programa da Orquestra Joseense

CLARICE ASSAD Três pequenas variações sobre o tema “A maré encheu”

EDMUNDO VILLANI-CÔRTES Os Borulóides

CIBELLE J. DONZA Da TERra

HEITOR VILLA-LOBOS Sinfonietta nº 1

TOM JOBIM Passarim [arranjo de Roberto Rodrigues]

Sobre a Orquestra

A Orquestra Joseense é um dos projetos que integram o Programa de Formação Artística da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, destinado a Jovens a partir de 16 anos, com o objetivo de desenvolver suas habilidades técnicas e artísticas, criando oportunidade de educação musical de qualidade a jovens talentos e capacitando-os à profissionalização.

A orquestra acolhe aprendizes de música de diversas iniciativas públicas ou particulares, que demonstram interesse em aprofundar seus estudos, com aulas teóricas, práticas de instrumentos de orquestra e prática de grupo com regência.

O projeto cultural tem o objetivo de formação musical, aperfeiçoamento de músicos instrumentistas, capacitação para a profissionalização artística e difusão da música instrumental.


Orquestra é regida pelo maestro William Coelho|Foto: Paullo Amarall / FCCR

William Coelho

Doutor e mestre em musicologia pela USP, é professor de regência coral na ECA/USP e regente titular da Orquestra Joseense, da Orquestra Abaporu e da Eos Música Antiga USP. Foi maestro preparador do Coro da Osesp e professor convidado da Academia de Regência da Osesp. É regente convidado de orquestras como a Osesp, a Sinfônica da USP e a Sinfônica de Piracicaba. Foi finalista do Prêmio Jovem Talento 2019 e sua tese de doutorado foi premiada pela USP. Em 2020 e 2022 regeu o Coro da Osesp no Fórum Econômico Mundial em Davos e no Americas Society em Nova Iorque.

Eduardo Costa tem cinco dias para indicar onde prestará serviços comunitários após condenação por difamação contra Fernanda Lima

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou que o cantor Eduardo Costa tem um prazo de cinco dias para escolher a instituição onde cumprirá sua pena de prestação de serviços comunitários. A condenação ocorreu devido a comentários ofensivos feitos pelo artista contra a apresentadora Fernanda Lima em 2018.

O 4º Juizado Especial Criminal do Leblon converteu a pena de oito meses de prisão em regime aberto e 26 dias de multa na prestação de serviços comunitários pelo mesmo período. Após recorrer ao Tribunal de Justiça do Rio e ao Supremo Tribunal Federal (STF), o cantor teve a sentença mantida.

Segundo o juizado, oficiais de Justiça têm tentado intimá-lo sem sucesso, o que levou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) a solicitar a aplicação da pena restritiva de liberdade. Cartas precatórias foram enviadas para endereços do cantor em São Paulo e Belo Horizonte, mas ainda não houve resposta.

A defesa de Eduardo Costa solicitou a substituição dos serviços comunitários por pagamento de multa, argumentando que sua agenda de shows nacionais e internacionais dificultaria o cumprimento da pena, comprometendo sua renda e o sustento de sua família.

O caso

A condenação teve origem em postagens feitas por Eduardo Costa em 2018, quando Fernanda Lima apresentava o programa Amor & Sexo, da TV Globo. Na ocasião, ele chamou a apresentadora de “imbecil” e acusou a atração de ter viés político, associando-a a criminosos e usuários de drogas. Além disso, incentivou seus seguidores a boicotarem o programa.

A publicação ocorreu após Fernanda Lima fazer um discurso sobre a luta das mulheres contra estereótipos e pela igualdade de gênero, tema abordado no programa. A apresentadora entrou com uma ação judicial e, após anos de tramitação, a Justiça determinou a condenação do cantor.

João Guilherme deixa Paramount+ e assume canal do Flamengo

João Guilherme, narrador com uma trajetória marcante no jornalismo esportivo, anunciou sua saída da Paramount+ para integrar a equipe do canal oficial do Flamengo. O profissional, que já passou pela ESPN e Fox Sports, possui uma forte ligação com o clube rubro-negro, destacando-se ao narrar a histórica conquista da Libertadores pelo Flamengo em 2019.

A informação foi divulgada por Flávio Ricco. Durante sua carreira, João Guilherme também ganhou notoriedade na final da Libertadores de 2013, quando o Atlético Mineiro venceu. Na ocasião, ficou conhecido pelo bordão “não é milagre, é Atlético Mineiro”.

O narrador ingressou na Paramount+ no início de 2023, após sua saída da ESPN, mas decidiu deixar a plataforma de streaming para assumir o novo desafio no Flamengo.

Conexão com o Flamengo

Em entrevista ao podcast Charla, concedida em 2023, João Guilherme revelou a afinidade com o Flamengo, intensificada pela narração da final da Libertadores de 2019. Ele também mencionou que a ESPN preferia alternar narradores para evitar associações diretas entre profissionais e clubes. “Tenho uma identificação muito grande com o Flamengo, especialmente por conta daquela Libertadores”, declarou na época.

Morre a jornalista Cleide Carvalho, do Grupo Globo

A jornalista Cleide Carvalho, um dos nomes mais respeitados da redação do Grupo Globo, faleceu nesta sexta-feira, aos 63 anos, após enfrentar uma longa batalha contra o câncer. Dona de uma trajetória profissional exemplar, Cleide se destacou por reportagens que uniam apuração minuciosa e profundo senso de justiça, sempre comprometida com a verdade e com o impacto social do jornalismo.

Formada pela Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, Cleide iniciou sua carreira explorando a área econômica, mas logo mostrou sua versatilidade ao transitar por diferentes editorias. Suas reportagens abordaram temas como desigualdade social, crimes ambientais e a defesa dos direitos humanos. Foi pioneira ao denunciar casos como o tráfico de adolescentes entre o Pará e São Paulo, mesmo sob risco de ameaças, e documentou a luta dos povos indígenas contra atividades ilegais em suas terras.

Sua atuação na cobertura da Operação Lava Jato também foi marcante. Entre São Paulo e Curitiba, Cleide se dedicou a desvendar bastidores, cultivar fontes confiáveis e trazer à tona informações exclusivas, consolidando-se como uma das mais respeitadas jornalistas investigativas do país.

Com uma visão de futuro, Cleide foi fundamental na transição para o jornalismo digital. Atuou ativamente no desenvolvimento do site do “O Globo” em São Paulo, contribuindo para importantes coberturas que marcaram a história recente do Brasil, como o desabamento da estação Pinheiros do metrô e o caso Isabela Nardoni. Em tragédias nacionais ou momentos de celebração, como o Carnaval paulista e a visita do Papa Bento XVI ao Brasil, sua presença era sinônimo de dedicação e excelência.

Colegas de redação destacam sua generosidade e talento em orientar profissionais mais jovens, sempre disposta a compartilhar conhecimentos e incentivar o olhar crítico. Rigorosa em suas apurações, Cleide buscava não apenas respostas, mas novas perspectivas, sempre desafiando os limites do jornalismo.

Mesmo durante o tratamento de saúde, manteve-se ativa, fiel ao seu ofício, com energia e bom humor que inspiravam todos ao seu redor. Cleide deixa um exemplo inesquecível de ética, paixão pela notícia e compromisso com o impacto social de cada palavra escrita.